07 abril 2009

DNA


Não há lugar onde eu veja mais sabedoria que nos olhos de um bebê.
Nos olhos de uma criança existe a ingenuidade limpa de todas as mentiras que o mundo obriga seus filhos aprenderem e repetirem, como numa boa escola medieval.
Nos olhos de uma criança as respostas não são pensadas e calculadas para surtir o melhor efeito. Simplesmente são.
Uma vez li num livro (gostaria muito de lembrar agora qual): Deus não existe, ele É.
É por isso que as crianças estão mais proximas do divino. Elas simplesmente são, sem desculpas, mentiras ou diplomacias. A verdade não precisa de diplomacia para existir.

Um dos meus mestres uma vez me falou: "No hay nada mejor que estar entre los jovenes. Los jovenes saben de las cosas actuales. Saben todo lo bueno que hay que saber. Y aún están abierto a aprender cosas nuevas. Nada es más triste que ser un 'adulto'. Jamás pierda al niño que aún existe dentro de ti."
Faz umas semanas encontrei uma amiga de minha mãe que não me via desde que eu tinha oito anos de idade. Lembro que ela é uma grande responsável pelo fato de eu gostar de ler. Num momento da nossa conversa ela me disse: "Danton você tá com cara de homem. Mas ainda vejo perfeitamente aquele menino em você." - "Luto bastante para preservar ele." respondi.

Se nascemos com um contato tão direto e puro com Deus, porque o jogam fora ao longo de nosso envelhecimento?
A sabedoria de um bebê é ancestral, está no seu DNA. Não é capaz de ser compreendida com as palavras desse plano carnal, que nada mais são que tendências culturais.
Deus está no nosso DNA.


isso.

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