08 outubro 2009

Y yo soy negro?


Nesses ultimos meses compus varias canções com minha grande amiga.
Aqui vai uma delas.


Y yo soy negro?

Eu podia ser preto
Ou podia ser branco.
Eu podia ser indio
Podia até ser santo, mas não.

Eu nasci nêgo, nêgo.
Eu eu sou nêgo, nêgo. 2x

Me deixassem pensar, eu falaria.
Se eu pudesse falar, te juro, eu pensaria melhor.
Eu pensaria melhor, eu pensaria melhor, eu pensaria melhor
eu pensaria.

Mas nasci nêgo, nêgo.
E eu sou nêgo, nêgo. 2x

Eu tenho fé, mas não vou na igreja.
Eu rezo amém e que Deus me proteja.
Alah ou qualquer Pai que seja,
venha me olhar, eu só quero que alguem me veja
me enxergue e perceba porque...

eu nasci nêgo, nêgo.
e eu sou nêgo, nêgo. 2x

Não posso ser chamado de branco.
não posso ser chamado de preto.
não posso ser chamado de indio.
que me chamem brasileiro.
não quero ser chamado de preto
nem quero ser chamado de branco
não quero ser chamado de indio
yo soy Sudamericano

yo naci negro, negro.
y yo soy negro, negro. 2x

Pensar que é a cor o que te condena
não, não dá. Que nesse mundo qualquer cor se pena
se alma é pequena e se você...

Nasceu nêgo, nêgo.
E eu sou nêgo, nêgo.
Eu nasci nêgo, nêgo.
E eu sou nêgo, nêgo.


isso.

Tainá Vive


Faz uns meses eu postei sobre uma menina da favela de Higienópolis em São Paulo, que foi alvejada no peito. Na época a noticia que li dizia que ela havia falecido. Faz uns dias eu descobri que a noticia estava errada e na verdade Tainá vive.
Não a conheço e é bem provavel que jamais venha a conhece-la, mas fiquei feliz e eufórico ao saber que seguia viva, que não era apenas mais uma número nas violentas estatisticas da maior cidade do país.
A "morte" da Tainá que eu não conheço, alguns meses atrás, foi paralera ao lento assassinato de uma Thainá que por viver me matava, e que para minha sobrevivência, tive que matar dentro de mim.
Não creio que essa ressureição da Tainá seja uma analogia para a Thainá que matei. Mesmo porque eu já não sou o mesmo que precisou ser um homicida, e ela hoje vive outra vida na qual para ela também sou um falecido.

Mas isso tudo me fez pensar uma coisa. Um peito, mesmo depois de dilacerado e dado como morto, pode voltar a bater.


isso.