22 outubro 2008

Numa República


Aqui em Brasilia (agora começou mesmo a contagem regressiva, sexta-feira 12:45 eu viajo) eu vivi numa república de estudantes.
Foi uma experiência bastante divertida. Eramos onze homens entre 18 e 33 anos dividindo casa, sonhos, esforço e muito bom humor. Não repetia-se nenhum estado, cada um era de um lugar diferente do país, a república da Socorro (nome da dona) foi minha Brasilia doméstica e lá com orgulho eu representei o Rio de Janeiro. Minha principal aportação fluminense foi introduzir um violão na casa, e promover várias serestas que eram acompanhadas com alegria por muitos que abandonavam momentaneamente os livros pra cantar com o grupo.
Um dos fatores que aconteciam era que perdiamos os nossos nomes e eramos sempre chamados por nossa origem. Eu desde um principio fui Carioca, inclusive quando alguem ligava pra mim e diziam pra falar com o Danton ficavam em dúvida de quem era.
Todos estudantes da UNB ou para algum tipo de concurso. Brasilia é a capital do Concurso público.
O paulista vai ser delegado. O gaúcho vai ser diplomata. O baiano vai ser enfermeiro. O paraiba vai ser nutricionista (nesse curso o mérito pra entrar não é acadêmico, senão estético, hehe). O cearense vai ser médico. O amazonino (sei que não é assim, mas assim o chamavamos) vai ser biólogo. O paraense vai ser zootecnologo (jamais vi alguem gostar tanto de cobras) O goiano vai ser o concurso que conseguir passar. O carioca é um aventureiro que ainda não sabe o que vai ser mas quer ser e é muitas coisas.

Isso.

Nenhum comentário: