25 junho 2009

Revelação




Se não me engano foi o cara que escreveu "Cien años de soledad" que disse: "Jamás escribi nada que no hubiera vivido." Que vida então que esse homem viveu, que com a quantidade de personagens e historias que criou.
Uma vez um amigo me disse: "Você se revela muito nas suas poesias." - "E para que são as poesias então?" respondi.

Quando leio o que escrevo vejo a mim. Sou um solitário.
Lembro meu pai que morreu sozinho num quarto de hotel em Lisboa. Um errante solitario.

Ao decidir ficar no Rio e não viajar conhecendo o país, decidi não ser meu pai.

Mas agora tenho que aprender algo que fiz pouco, apesar do teatro, de ter conhecido tanta gente diferente pelo mundo, que é realmente aprofundar-me com as pessoas. Aprender sobre laços constantes e duradouros.
Há quem diga que sou bom para conversar sobre coisas profundas. Sou profundamente fugaz.
E definitivamente, não posso, como ninguém deve, repetir os mesmos erros dos meus pais.


isso.

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