14 janeiro 2009

Poemas

Aqui vão dois poemas que escrevi ontem a noite. Como um pai orgulhoso de seus filhos, os apresento aqui:


Sexo Poético

Hoje vou fazer amor com as letras
já que nem senti seu cheiro
beijei-lhe a boca ou chupei-lhe as tetas.
Fiquei assim, sem ser inteiro.

Hoje vou trepar com essas frases
já que na boca há um sem sabor
e ainda antes que o poema acabe
possa eu encontrar na poesia amor.

Hoje gozarei feliz numa metafora
já que a noite é quente e infinita
e minha deusa fria me joga fora
ao mesmo tempo que me atiça.




POEMA MUDO

Escreverei um poema mudo
para tentar expressar de um pouco
sobre esse mim que é tudo.
Vou me libertar desse calabouço
no qual descansava meu braço
surdo, me atirar nos seios dela,
a literatura, que me premia
com suas ideias, seus sussuros.

Desejar e seduzir-me com silêncios,
desenvenenar-me de maus ditos
e ser quem eu sou, bem autêntico.
Agradecer os mais bem vistos
isolemos o que não queremos
lembremos sempre que nos amemos
e se o bagulho, mermão, tá sinistro
faz com Deus um fiel compromisso.



Isso.

Nenhum comentário: