17 novembro 2008

Hoje


Hoje é um novo dia.
Iniciei o post com essa frase por não ter outra que iniciar. Talvez porque mesmo sendo o final de um dia que passou, hoje continua sendo num novo dia.
Quando eu vim para Porto Alegre, sabia que vinha rumo a uma nova aventura, tinha dentro de mim uma ânsia de algo inusitado, e agora me encontro no olho desse furacão.
Foi algo tão aventura que agora que paro para pensar mais calmamente, vejo que sou realmente um louco correndo atrás das borboletas no campo. Esqueci aquela máxima que diz: "Em lugar de correr atrás das borboletas, melhor plantar flores para que elas venham."
Vim sem ter casa, sem conhecer ninguém, sem ter muito dinheiro (fato esse que já levo de letra, não ter muito dinheiro), abandonando quem me deu tanto amor e carinho... vim cego por uma aventura da qual não me importava as consequencias, apenas a jornada, a adrenalina.
Hoje minha casa (que ainda não tenho) é o porão de um velho edificio no centro da cidade; frio, húmedo e escuro. Minha cama é um sofá onde caibo bem, estando sentado. Meu café da manhã será o meu almoço e daqui a alguns dias nem sei com existirá o almoço.
Arrependido? Jamais. Na verdade ainda gosto dessas loucas aventuras, apesar de estar a cada dia menos fã delas. Já foi tempo que um lençol estirado no chão para mim era leito de plumas.
Já levo uma longa jornada sendo "monge", a cada dia desejo mais o conforto da vida. Penso que uma cama me fará melhor companhia nas minhas noites solitarias.
Uma coisa tenho a agradecer a Deus (agradeço tudo a ele), sempre colocou no meu caminho pessoas dispostas a me ajudar. Obrigado Pai, por dar forças a minhas pernas para correr atrás das borboletas.
Hoje começo a sembrar flores, as borboletas que venham ao meu templo.
isso.

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