02 setembro 2009

Higienopolis


Faz alguns meses eu escrevi sobre Tainá. Uma menina da gigantesca favela de Higienopolis em São Paulo. Tainá tomou um tiro no peito que levou-lhe a vida, o atirador era um policial militar. Naquele dia os moradores cercaram a moto dos policiais, tiraram-lhe as chaves e por pouco não acontece uma guerra.
A guerra aconteceu ontem, como pode-se ver nas noticias.

A policia matou outra menina. Ana era seu nome.

Eu devo dizer que sou a favor dos protestos de ontem. Onibus queimado, pedra contra policiais e tudo isso. Não que eu seja a favor da violencia, sou totalmente contra. Mas acredito que os oprimidos devem fazer o possivel para ser escutados.

Na França, quando o governo anunciou que entraria em vigor uma nova lei que tiraria varios direitos dos jovens, eles foram a rua, queimaram carros, quebraram tudo, jogaram pedra contra a policia. E que aconteceu? A lei não foi assinada.

Aqui no Brasil se os pobres quebram tudo como "animalesco" recurso para ter suas necessidades atendidas (que não entrem no seu bairro matando, acredito, pode ser considerado necessidade)são chamados de vandalos (concordo que são), favelados e tem que ir todo mundo pra cadeia.

Eu sou a favor da rebeldia contra o que nos oprima. Mas para isso acontecer tem que morrer uma Tainá ou uma Ana?


isso.

2 comentários:

Chellot disse...

A meu ver não deveria ser dessa maneira. Só o respeito aos direitos humanos já resolveria, mas sabemos que as autoridades só se mexem depois que uma trajédia como essa repercute em rede nacional. Aí a opinião pública se faz presente.
Faço minhas as suas palavras.
Beijos doces.

Ágda Santos disse...

Vendo por esse ponto de vista, você tem razão.
O interessante é que tenho uma situação semelhante aqui no meu estado, com a diferença de não ter mortes: Professores em greve e alunos unindo-se pra voltar a estudar.
Mas o problema é que esse tipo de pensamento não ocorre em massa.
Até mais :**