04 abril 2010

Vivo na Selva




Estava eu aqui deitado trabalhando. Tá, sei que as palavras deitado e trabalhando numa mesma frase soam bem estranhas, mas é o que eu estava realmente fazendo.
Quando escutei um canto de pássaro diferente, na posição que estava olhei pela janela e vi um pássaro laranja lindo que parecia um Tucano (idêntico ao da foto acima), diminuí a música do Grooveshark para escutar melhor seu canto. Que na verdade é um canto bem feio. Mas fiquei mesmo admirado com o tamanho dele e a força de suas cores. Então voou.

Alguns minutos depois, vi um agito nas árvores. Uma familia de Micos. Talvez por uma empatia por causa de nosso distante antepassado em comum, resolvi dividir duas bananas que eu tinha com eles. Eu tinha que jogar um pouco longe para que viessem pegar, os mais velhos não deixavam os mais novos chegarem perto. Teve um que foi corajoso e pegou o pedaço de banana da minha mão. Por que nos emocionamos tanto com esse contato com o selvagem?

Então a banana acabou, eles ficaram olhando pra minha cara como que esperando mais. E eu como não sei falar Miquês não disse nada pra eles.

Até tentei conta-los, mas como ficavam pulando de um galho para o outro não deu. Mas eram mais de sete.

Voltei para o meu trabalho. Só que dessa vez sentado, como estou agora. Eu aqui tão contente traduzindo e escutando música quando vejo um Mico na minha Janela. E nos galhos o clã olhando suas ações. Me disse alguma coisa em Miquês que não entendi. Mas provavelmente tinha a ver com mais banana. Insinuei levantar e saltou rapidamente para um galho e seus irmãos corriam e se escondiam atrás de galhos mais finos que eles.

Agora estão ali me olhando entre galhos. Ainda bem que eles não pensam como humanos. Senão me renderiam para roubar minhas outras frutas.


isso.

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